As imagens extraordinárias de um fotógrafo britânico que se dá pelo nome de Nick Brandt. Poucas vezes se vê esta qualidade nos dias que correm: a prova de que não é por proliferarem as câmara digitais e até as crianças terem acesso a elas, que se fazem boas fotos.
As ruas desertas mostram a nudez das horas. Um silêncio familiar atravessa os raios de sol mortiço que iluminam os entre-olhares dos recém amantes sentados pelos bancos da praça. Há promessas para nunca cumprir e o sempre que se sussurra não passa de uma jura inocente de que a primavera vai durar para a eternidade. Pelo correr das horas dir-se-ia que o peso do ar não deixa passar o dia. Num banco de jardim, cercado de andorinhões, os meus olhos prendem-se ao fio do horizonte na boca do rio e finge grades férreas nas colunas de uma ponte suspensa das nuvens. A cinza abafada do céu acinzenta os gestos de quem passa e apenas eu testemunho. a primavera.
Estas fotos são magnifícas! São das poucas que conseguem realmente mostrar a quem nunca esteve em África, a grandiosidade da Natureza...
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