Ando muito surpreendido com o facto de ver a palavra "niilismo" por tudo quanto é lado na blogosfera. Parece que, de repente, os bloguistas se lembraram da palavra que durante anos andou escondida nos meandros poeirentos dos dicionários e nas mentes não menos poeirentas de "marrões" e professores de Filosofia. Então lembro-me da dificuldade que tive no liceu para apreender o conceito.
Tinha acabado de passar pelo niiismo característico dos anos 60, incólume devido à tenra idade e não tinha a mínima ideia do que quereria dizer tal palavrão. Com o andar dos anos fui entranhando o significado e acabei por me tornar, também eu, num niilista de primeira. A negação total de valores, como princípio, faz parte do crescimento hormonal juvenil e nenhum mal vem daí ao mundo. O problema é quando esse niilismo se estende pela vida adulta e confronta os egos com a sua própria negação. Um adulto niilista é um frustrado que nunca chegará a ter certezas e que mais depressa arranja desculpas na negação dos factos do que aceita a realidade e confronta os problemas com vista a ultrapassá-los. É sempre mais fácil argumentar contra qualquer coisa e negar a sua validade ou existência do que confrontar e lutar.
Nietzesche não estaria por certo consciente de que, um dia, haveria de haver um pequeno país no sul da Europa, com a qual ele já sonhava, capaz de ser niilista em toda a sua extensão. Um país que nega todos as evidências e se recusa a aceitar o estado miserável em que está. Mas mais grave, contudo, é precisamente a derrota dos valores que esse niilismo provocou nas suas gentes e que o referido filósofo já garantia ser a razão fundamental dele próprio: a queda da moral e da ética!
Enfim, desde os anos 60 do sec. XIX ( aquando do movimento pacifista russo que deu origem à palavra), até aos dias de hoje, resta apenas uma certeza: Portugal é um adulto pueril, frustrado e muito necessitado de tratamento psiquiátrico profundo e de longa duração. Ou resta o "suicídio" como dizem os niilistas, ou "guerra civil" dizemos nós!
Tinha acabado de passar pelo niiismo característico dos anos 60, incólume devido à tenra idade e não tinha a mínima ideia do que quereria dizer tal palavrão. Com o andar dos anos fui entranhando o significado e acabei por me tornar, também eu, num niilista de primeira. A negação total de valores, como princípio, faz parte do crescimento hormonal juvenil e nenhum mal vem daí ao mundo. O problema é quando esse niilismo se estende pela vida adulta e confronta os egos com a sua própria negação. Um adulto niilista é um frustrado que nunca chegará a ter certezas e que mais depressa arranja desculpas na negação dos factos do que aceita a realidade e confronta os problemas com vista a ultrapassá-los. É sempre mais fácil argumentar contra qualquer coisa e negar a sua validade ou existência do que confrontar e lutar.
Nietzesche não estaria por certo consciente de que, um dia, haveria de haver um pequeno país no sul da Europa, com a qual ele já sonhava, capaz de ser niilista em toda a sua extensão. Um país que nega todos as evidências e se recusa a aceitar o estado miserável em que está. Mas mais grave, contudo, é precisamente a derrota dos valores que esse niilismo provocou nas suas gentes e que o referido filósofo já garantia ser a razão fundamental dele próprio: a queda da moral e da ética!
Enfim, desde os anos 60 do sec. XIX ( aquando do movimento pacifista russo que deu origem à palavra), até aos dias de hoje, resta apenas uma certeza: Portugal é um adulto pueril, frustrado e muito necessitado de tratamento psiquiátrico profundo e de longa duração. Ou resta o "suicídio" como dizem os niilistas, ou "guerra civil" dizemos nós!
Parece que estamos no bom caminho...
ResponderEliminar"Dados apresentados esta semana pelo Alto-Comissariado da Saúde dão conta de um aumento do consumo de medicamentos ansiolíticos, hipnóticos, sedativos e antidepressivos".
http://portal.alert-online.com/noticias_de_saude/?key=680B3D50093A6A002E42140A321A2A5C0B683E0A7607517D605B78