"Fundamentalmente, as questões que se levantam com a Internet são semelhantes às que se levantaram com as fotocopiadoras, mas com uma mudança de escala. Essa mudança de escala trouxe muitos desenvolvimentos positivos. Os direitos de autor estão muito bem protegidos na pirataria em grande escala gratuita, mas não de uma forma tradicional. O valor ao produtor é imensamente aumentado. O facto da música produzida ser distribuída gratuitamente por todo o mundo, aumenta o valor do produtor, o que gera lucro. Mas isso não é novidade, a pirataria sempre foi uma fonte de progresso e uma fonte de globalização" (Mariano Gago, na conferência EuroDIG, em Madrid)
Com estas palavras, Mariano Gago apenas dá voz a uma sabedoria antiga e que demonstra bem o seu valor intelectual: que seria do ser humano se não tivesse havido, desde os mais imemoriais tempos, pirataria do conhecimento? Que direito terá Bill Gates (p. ex.) de utilizar uma cadeira , um garfo ou mesmo uma sanita, sem pagar direitos a quem os inventou?
Os pobres que não podem pagar os direitos de propriedade intelectual, não poderão aceder a essa tecnologia e terão que ficar para sempre na ignorância e na consequente pobreza?
Do ponto de vista estritamente lógico, não há nenhuma razão para que uma informação que seja necessária ao funcionamento da humanidade tenha que ser paga. Do ponto de vista da evolução humana, a pirataria intelectual é um dever! Numa sociedade ideal, claro está!
Bill Gates ficaria imensamente rico, mesmo sem os milhões que todos os dias lhe entram nos cofres por uma coisa pela qual trabalhou apenas meia dúzia de anos e que se tornou indispensável ao funcionamento da sociedade actual.
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