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A mostrar mensagens de novembro, 2011

Horas

Brutal como todas as verdades, a relativa velocidade de um ponteiro que marca as horas no relógio da vida é sempre um lugar vazio por onde passam os minutos. Confunde-se o momento de sono com a manhã cheia de futuro que não cabe nos lugares por onde caminham os vivos. Os sonhos ficam pendurados na madrugada para que as horas não se percam na memória quebrada!

O relógio que agora me acompanha e me faz contar o tempo

    Nem sei como escrever as palavras que não servem de tinta ao pincel que corre pela tela de que se faz o meu presente. Perco a hora por entre os ponteiros que marcam os traços de que é feita a minha vida. E não me sobra nada mais! Nem o relógio que até agora mediu os meus dias!   Perdi-me! Como se se perderam todos os homens antes de mim e se haverão de perder todos os que hão-de vir! Pelo caminho quis deixar sinais e setas que aos meus indicassem o caminho por onde passa o passo que não tropeça. Sei que o meu sonho tem mais poder do que eu e que nenhum de nós será um dia mais do que aquilo que fez com que possamos ser mais gente, nesse dia, para além das coisas em que nos fizeram acreditar. Venderam a minha alma e nunca perguntaram se eu tinha fome.   Viram-me passar por entre as lágrimas como um marinheiro que tende a vela por onde passa o vento que navega a eternidade. Fecharam as portas por onde entrava o ar que fazia de mim o sonho de ser tudo o que mais ninguém queria s